segunda-feira, 15 de junho de 2009

Venezuela: Normaliza-se a situação na Inveval

Venezuela: Normaliza-se a situação na Inveval
El Militante Venezuela Outros artigos deste autor


Após 5 dias que golpistas haviam tomado a fábrica, eis que os trabalhadores a tomam de volta.

Fruto da sabotagem burocrática, a situação dos trabalhadores da INVEVAL está insustentável. A falta de investimentos por dois anos, a não expropriação da Acerven (que produz as carcaças para as válvulas fabricadas na INVEVAL) levou a que não se efetuassem os pagamentos dos salários e demais direitos de modo regular, afetando assim a moral dos trabalhadores e, depois de mais de 5 anos de luta, a paciência dos trabalhadores se esgotou e alguns deles caíram no desespero sendo manipulados por elementos da direita dentro da fábrica.
Toda essa situação levou a que no dia 04 de Junho passado, um pequeno grupo de trabalhadores não permitisse a entrada dos demais e agredissem um deles no portão da fábrica. Ao mesmo tempo soldaram as fechaduras e portões fechando a fábrica por vários dias.
O fechamento da fábrica foi mantido até o Sábado, dia 06 de junho, quando por ocasião da visita do Vice-Ministro da Ciência e Tecnologia, ao qual está ligada a INVEVAL, os invasores foram obrigados a abrir a fábrica e permitir que os trabalhadores, comunidades e camaradas da CMR (Corrente Marxista Revolucionária) entrassem na fábrica, em solidariedade com a luta da INVEVAL e em defesa do controle operário e do modelo de fábrica socialista que defendem.Depois de alguns momentos de tensão, com a chegada do Vice-Ministro, o mesmo realizou uma inspeção na planta e manteve reunião com um grupo de trabalhadores onde se ressaltou entre outras questões que o Conselho de Fábrica deveria ser o órgão de gestão da empresa e se comprometeu a resolver os problemas da INVEVAL no prazo mais breve possível.A fábrica voltou a estar aberta nesta segunda feira.
Entretanto os problemas persistem. A sabotagem da burocracia que não cumpre as ordens do Presidente Chávez de expropriar a Acerven e negando os recursos financeiros de 2008 e 2009 estão impedindo que a INVEVAL seja completamente operativa, o que leva a uma situação de máxima tensão entre os trabalhadores.A CMR (Corrente Marxista Revolucionária) solicita que enviem moções de solidariedade aos trabalhadores da INVEVAL e a todas as empresas ocupadas e recuperadas que lutam pelo socialismo e controle operário na Venezuela.
Os trabalhadores da INVEVAL não estão sós nessa luta: no dia 09 de junho os trabalhadores da Uraplast em Acarigua, Estado de Portuguesa, tomaram a fábrica depois de 06 meses sem receber seus salários. A tomada da fábrica contou com a ajuda da Guarda Nacional e autoridades regionais do PSUV. Esta ocupação não é uma casualidade, senão efeito do discurso de Chávez em Guayana no dia 21 de Maio nacionalizando várias empreas do estado e chamando o controle operário na produção.
Os camaradas de Uraplast participaram do Congresso de CMR realizado na SIDOR no dia 15 de Maio e saíram de lá muito entusiasmados com o mesmo, vendo os exemplos de INVEVAL, INAF, Gotcha, VIVEX e a luta da MMC automóveis (Mitsubishi).A luta pelo controle operário, ponto básico para a construção do socialismo na Venezuela, passa pela extensão da tomada e ocupação de fábricas, pela sua nacionalização sob controle operário, de tal modo que a classe trabalhadora tome o controle dos meios de produção e em aliança com as comunidades do país se ponham a produzir de acordo com um plano organizado democraticamente. Assim como o socialismo não pode ser construído em um só país, o controle operário não pode subsistir em uma só fábrica. É necessário estendê-lo.

O segundo Encontro Latino Americano de Trabalhadores nas empresas recuperadas que se realizará em 25, 26, 27 de junho vai ser sem dúvida um evento que vai colocar novamente a luta pela defesa dos empregos e pelo controle operário em primeiro lugar na luta de classes na Venezuela e na América Latina nesse momento onde a crise econômica mundial começa a golpear o continente.

Terça feira, 09 de Junho de 2009.

***Abaixo transcrevemos carta escrita pelos trabalhadores da Inveval:

Diante dos gravíssimos fatos ocorridos na quinta feira, dia 04 de junho do presente ano nas instalações da empresa do Estado, INVEVAL, nós trabalhadores revolucionários da fábrica, vimos denunciar ao povo venezuelano o ataque fascista ao qual foi submetida a empresa e vários de nós; ataque este realizado por um pequeno grupo de pessoas que mama na teta da empresa, infiltrado e manipulado por elementos da direita fascista, que seguindo diretrizes de agrupamentos contra-revolucionários tais como Primeiro Justiça e Gente do Petróleo, que se lançou contra esta fábrica que foi recuperada pela Revolução e se encontra sob controle operário.
Na manhã do dia 04 este grupo de pessoas fechou de maneira violenta as portas de acesso à empresa e inclusive aos escritórios, lançando ameaças e palavrões contra os trabalhadores que queriam entrar na fábrica e agrediram fisicamente o trabalhador Orly Yánez, destruindo-lhe inclusive a câmera filmadora quando este tratava de registrar as ações do grupo de vândalos. É bom informar ao povo venezuelano que estas pessoas, que supostamente são trabalhadoras da empresa, tem sabotado constantemente todas as ações das autoridades legítimas da fábrica: o Conselho de Fábrica e a Junta Diretiva, por conseguirem o bom funcionamento e a produção na empresa.
Em sua ação chegaram a danificar caríssimas ferramentas (atualmente o CICPC investiga estes fatos).Os agressores não cumprem com nenhuma das normas de segurança estabelecidas pela INPSASEL (Instituto Nacional de Prevenção, Saúde e Segurança), agredindo permanentemente a outros trabalhadores, não escondem em nenhum momento seu antagonismo ao governo revolucionário do presidente Chávez, debochando do mesmo e festejando com bebidas alcoólicas o triunfo do fascista Capriles Radonsky ao governo do Estado de Miranda.
O cidadão Julio Rangel, por exemplo, a pessoa que atacou Orly Yánez, não é a primeira vez que descarrega sua violência contra seus companheiros, sendo que no passado lhe foi aberto um boletim de ocorrência junto à Inspetoria do Trabalho diante deste mesmo tipo de atitude. Desgraçadamente, a legalidade burguesa que ainda impera na Venezuela unida a falhas nos Estatutos da Inveval, tem impedido à direção operária da empresa de aplicar as sanções correspondentes contra estes elementos reacionários, para expulsá-los da empresa.
É muito suspeito que no momento em que o presidente Chávez lança desde a cidade de Guayana, no dia 21 de Maio, a bandeira do controle operário para as empresas nacionalizadas, surja esse ato fascista contra uma empresa emblemática para o movimento operário venezuelano e mundial, que durante 4 anos tem implementado o controle operário através de seu Conselho de Fábrica.
Também não é casualidade que uma das primeiras ações destes indivíduos, logo depois de soldarem as portas da empresa, foi a de trocar os cadeados das salas de aula das Missões (Missão Robson e Ribas) que funcionam na empresa, impedindo desta forma o acesso ao ensino das pessoas da comunidade que aqui estudam. Isso lembra muito as ações dos bandos do Primeiro Justiça contra as Missões tão logo assumiu o governo de Miranda o golpista Capriles Radonsky, de quem, seguramente, recebem instruções e dinheiro os golpistas da INVEVAL.
O que ocorreu no dia 04 de junho foi um vulgar golpe de estado contra as autoridades legítimas da empresa, o Conselho de Fábrica e a Junta Diretiva, levado adiante por um bando fascista igual fizeram seus mentores (Capriles e Cia) em 11 de abril de 2002 contra o presidente Chávez. Por isso lançamos um chamado ao povo do município de Carrizal, aos Conselhos Comunais, às Missões, aos Batalhões do PSUV, à Milícia Militar (cujos escritórios na empresa também foram fechados pelos golpistas) aos sindicatos, autoridades do Ministério do Poder Popular para a Ciência, Tecnologia e Indústrias Intermediárias, ao qual está ligada Inveval, para que juntos realizemos outro 13 de abril e resgatemos as instalações da INVEVAL para que o povo expulse da mesma o bando fascista de Capriles Radonsky.
Fora os fascistas da INVEVAL!
A INVEVAL é do povo!
Viva o controle operário!

Conselho de Fábrica da Inveval
Junta Diretiva da Inveval
Sindicato Socialista dos Trabalhadores da Inveval (SINSOTRAIN)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Invitación Para Los Trabajadores Automotrices De América Latina Para Participar En El Segundo Encuentro Latinoamericano De Fábricas Recuperadas

En la etapa actual de la crisis capitalista, uno de los sectores más afectados por la crisis general de sobreproducción es el sector automotriz. Eso implica una ofensiva general de las grandes multinacionales del sector automotriz contra los trabajadores para que seamos nosotros los que paguemos los platos rotos de la crisis a través de despidos, cierres de plantas, perdida de derechos, tercerización, etc.
Frente a estos ataques los trabajadores automotrices hemos dado respuesta en todo el mundo, desde Estados Unidos , hasta Europa , desde América Latina a el Sudeste Asiático. Hemos realizado todo tipo de acciones de lucha en defensa de nuestros puestos y condiciones de trabajo, desde huelgas hasta tomas de fábricas. En Venezuela, los trabajadores automotrices y particularmente los del estado Anzoátegui hemos mantenido una lucha contundente los últimos meses en las empresas MMC automotriz, Vivex y Macusa en la que hemos tenido ocupadas las plantas durante semanas. En el caso de MMC la lucha se llevo la vida de 2 compañeros durante una arremetida policial para desalojar la planta que permanecía tomada.
Tras dura lucha conseguimos una victoria sobre las posiciones de la patronal en donde se reconocían reivindicaciones históricas para los trabajadores de MMC , así como el pago de los salarios caídos durante los más de 50 días de toma. En la actualidad la planta está en proceso de volver a sus actividades. Aun así la lucha continua. En el caso de los camaradas de Vivex , los mismos continúan con la factoría tomada con el propósito de que el gobierno bolivariano nacionalice la planta.
Los trabajadores automotrices nos tenemos que organizar para frenar esta acometida patronal y desarrollar una estrategia internacional de lucha contra los planes de las multinacionales. Por todo los abajo firmantes o estimamos que la celebración del Segundo Encuentro Latinoamericano de Empresas Recuperadas al que los trabajadores y sindicatos del sector automotriz de Anzoátegui vamos a asistir y en donde se tratará sobre los problemas de los trabajadores automotriz y la lucha por el control obrero y la nacionalización como alternativa la crisis del sector. Por todo ello hacemos un llamado a todos los trabajadores automotriz de América Latina, EE.UU , Canadá o cualquier organización sindical del mundo del sector automotriz a participar en este segundo encuentro latino americano de empresas recuperadas que se celebrará el 25,26 y 27 de junio de 2009 en la ciudad de Caracas en Venezuela.
Firmado:
Félix Martínez, secretario general de Singetran (Sindicato de trabajadores Nueva generación de MMC/Mitsubisch-Venezuela )
Yeant Sabino, secretario general de Sindicato Sutra-Vivex (Fabrica de vidrio automotivo ocupada).

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Convite para os trabalhadores do setor automobilístico da América Latina para participar do Segundo Encontro Latinoamericano de Fábricas Recuperadas

Convite para os trabalhadores do setor automobilístico da América Latina para participar do Segundo Encontro Latinoamericano de Fábricas Recuperadas
Na etapa atual da crise capitalista, um dos setores mais afetados pela crise geral de superprodução é o setor automobilístico. Isso implica uma ofensiva geral das grandes multinacionais deste setor contra os trabalhadores para que sejamos nós os que paguemos a conta da crise através de demissões, fechamentos de fábricas, perdas de direitos, terceirização, etc.
Em frente a estes ataques os trabalhadores do setor automobilístico temos dado resposta em todo mundo, do Estados Unidos até a Europa , da América Latina ao Sudeste Asiático. Temos realizado todo tipo de ações de luta em defesa de nossos postos e condições de trabalho, desde greves até ocupações de fábricas. Na Venezuela, os trabalhadores do setor automobilístico e, particularmente os do estado Anzoátegui, temos mantido uma luta contundente nos últimos meses nas empresas “MMC automotriz”, “Vivex” e “Macusa” que foram ocupadas suas fábricas durante semanas. No caso da “MMC” (Mitsubishi) a luta custou a vida de dois colegas durante uma agressão policial para desalojar a fábrica que permanecia tomada.
Depois de duras lutas conseguimos uma vitória sobre as posições da patronal onde se reconheciam reivindicações históricas para os trabalhadores da “MMC”, bem como o pagamento dos salários devidos durante os mais de 50 dias de ocupação. Agora, a fábrica está em processo de voltar a suas atividades. Ainda assim a luta continua. No caso dos camaradas da “Vivex“, os mesmos continuam com a fábrica ocupada com a perspectiva de que o governo bolivariano nacionalize a planta.
Os trabalhadores do setor automobilístico temos que nos organizar para frear esta agressão patronal e desenvolver uma estratégia internacional de luta contra os planos das multinacionais. Por todo estamos realizando os abaixo-assinados de apoio e convocamos o Segundo Encontro Latinoamericano de Empresas Recuperadas, para que os trabalhadores e sindicatos do setor automobilístico de Anzoátegui participamos e debatamos sobre os problemas dos trabalhadores do setor automobilístico e a luta pelo controle operário e a nacionalização como alternativa a crise do setor. Por todo isso fazemos um chamado a todos os trabalhadores do setor automobilístico da América Latina, EEUU, Canadá ou qualquer organização sindical do mundo do setor automobilístico a participar neste Segundo Encontro Latinoamericano de empresas recuperadas que se ocorrerá em 25,26 e 27 de junho de 2009 na cidade de Caracas na Venezuela.

Assinado:
*Félix Martínez, secretário geral do “Singetran” (Sindicato de trabalhadores Nova Geração de MMC/Mitsubisch-Venezuela)
*Yeant Sabino, secretário geral do “Sindicato Sutra-Vivex” (Fabrica de vidro automobilístico, ocupada).

Convite para os trabalhadores do setor automobilístico da América Latina para participar do Segundo Encontro Latinoamericano de Fábricas Recuperadas

Convite para os trabalhadores do setor automobilístico da América Latina para participar do Segundo Encontro Latinoamericano de Fábricas Recuperadas
Na etapa atual da crise capitalista, um dos setores mais afetados pela crise geral de superprodução é o setor automobilístico. Isso implica uma ofensiva geral das grandes multinacionais deste setor contra os trabalhadores para que sejamos nós os que paguemos a conta da crise através de demissões, fechamentos de fábricas, perdas de direitos, terceirização, etc.
Em frente a estes ataques os trabalhadores do setor automobilístico temos dado resposta em todo mundo, do Estados Unidos até a Europa , da América Latina ao Sudeste Asiático. Temos realizado todo tipo de ações de luta em defesa de nossos postos e condições de trabalho, desde greves até ocupações de fábricas. Na Venezuela, os trabalhadores do setor automobilístico e, particularmente os do estado Anzoátegui, temos mantido uma luta contundente nos últimos meses nas empresas “MMC automotriz”, “Vivex” e “Macusa” que foram ocupadas suas fábricas durante semanas. No caso da “MMC” (Mitsubishi) a luta custou a vida de dois colegas durante uma agressão policial para desalojar a fábrica que permanecia tomada.
Depois de duras lutas conseguimos uma vitória sobre as posições da patronal onde se reconheciam reivindicações históricas para os trabalhadores da “MMC”, bem como o pagamento dos salários devidos durante os mais de 50 dias de ocupação. Agora, a fábrica está em processo de voltar a suas atividades. Ainda assim a luta continua. No caso dos camaradas da “Vivex“, os mesmos continuam com a fábrica ocupada com a perspectiva de que o governo bolivariano nacionalize a planta.
Os trabalhadores do setor automobilístico temos que nos organizar para frear esta agressão patronal e desenvolver uma estratégia internacional de luta contra os planos das multinacionais. Por todo estamos realizando os abaixo-assinados de apoio e convocamos o Segundo Encontro Latinoamericano de Empresas Recuperadas, para que os trabalhadores e sindicatos do setor automobilístico de Anzoátegui participamos e debatamos sobre os problemas dos trabalhadores do setor automobilístico e a luta pelo controle operário e a nacionalização como alternativa a crise do setor. Por todo isso fazemos um chamado a todos os trabalhadores do setor automobilístico da América Latina, EEUU, Canadá ou qualquer organização sindical do mundo do setor automobilístico a participar neste Segundo Encontro Latinoamericano de empresas recuperadas que se ocorrerá em 25,26 e 27 de junho de 2009 na cidade de Caracas na Venezuela.

Assinado:
*Félix Martínez, secretário geral do “Singetran” (Sindicato de trabalhadores Nova Geração de MMC/Mitsubisch-Venezuela)
*Yeant Sabino, secretário geral do “Sindicato Sutra-Vivex” (Fabrica de vidro automobilístico, ocupada).

sábado, 25 de abril de 2009

"A crise mundial do capitalismo impulsiona a tomada de fábricas pelos trabalhadores"

Entrevista com Richard López do Conselho de Fábrica de INAF em Cagua , Aragua na Venezuela

escrito por Corrente Marxista Revolucionária quinta-feira, 23 de abril de 2009

Richard López: Durante o ano 2008 vocês tiverem múltiplas iniciativas para que se expropriasse a planta. Qual foi o resultado dos mesmos e em que situação se encontram agora?
O Militante: Sim, realizamos múltiplas iniciativas, principalmente no Milco (Ministério do Trabalho), onde tivemos um compromisso de expropriação por parte do ministro em curso, o qual não se atreveu a tomar a decisão política correspondente e portanto a burocracia, permitiu que não chegasse a um acordo, mantendo a mesma situação de resistência sem solução concreta, por essa parte. Atualmente,em data recente, temos estabelecido contatos com o governo regional através do PSUV, o qual se obrigou o governador do estado Rafael Isea a realizar medidas investigativas para ver se o executivo regional e a assembléia legislativa de Aragua conseguiria a expropriação da empresa e converter em uma empresa de Produção social.

EM:Qual é a situação atual dos trabalhadores, quantos trabalham na empresa e em que condições?
RL: Atualmente trabalhamos 42 trabalhadores, 15 contratados e 27 da luta devido que a burocracia tem jogado um papel de desgaste na luta dos trabalhadores de INAF e 15 colegas se foram laborar em outras empresas no inicio de janeiro por pressões econômicas e familiares. Ainda assim temos conseguido avanços, pois mantemos uma carteira de pedidos e a mesma quantidade de trabalhadores como também conseguimos implementar um vale-tiket, e obter uma melhoria substancial no que diz respeito ao salário de 200 BF semanais que tínhamos sem vale-tiket e o aumentamos a 250 Bf semanais mais o cestatiket semanal, produzindo sob controle operário sem ajuda do estado.

EM:Quais são os maiores obstáculos de cara a seguir produzindo?.
RL. Em primeiro lugar temos que os clientes nos depositam às vezes com cheques sem fundo e assim nos atrasa a compra de matéria prima. Em segundo lugar a variabilidade nos preços dos provedores que nos dificultou a comprar em maior volume de matéria prima. Em terceiro lugar temos escassez de matéria prima (bronze), pois a cada vez que se fala de um aumento presidencial de salários ou dos impostos, automaticamente nos sobem os preços dos insumos. E a matéria prima se encontra ausente no mercado até que sai o novo preço. Escondem-te a matéria prima e dizem-te “este é o novo preço”. Em quarto lugar nossos clientes informaram-nos que pessoas em postos de responsabilidade na PDVSA têm posto entraves a nossos produtos ( aqueductos , uniões e conexões para tomadas domiciliárias) e têm obrigado a nossos clientes a trazer os mesmos produtos do estrangeiro. Esta informação só nos chegou em forma verbal por parte de nossos clientes.

EM: Para vocês é evidente que uma fabrica isolada sob controle operário não pode sobreviver sob o cerco capitalista. Qual acham que é a saída para as empresas recuperadas sob controle operário e qual é seu papel para a construção do socialismo em Venezuela?.
RL: Nossa opinião é que a luta deve expandir-se para toda o território nacional, onde os trabalhadores organizados ocupem e o governo nacional exproprie e nacionalize as fábricas e os trabalhadores as ponham a trabalhar sob o controle operário, especialmente as fechadas e as que têm grandes passivos com os operários para que sirvam como instrumento da revolução para poder assim aprofundar o socialismo por meio de uma economia nacionalizada e planificada democraticamente pelos trabalhadores e as comunidades. Achamos que esse é o caminho para que INAF junto ao resto de trabalhadores do país possam avançar e melhorar suas condições de vida, já que o cerco capitalista vai destruir todo aquilo que queiram fazer rumo para o socialismo.

EM: O 25, 26 e 27 de junho vai celebrar-se em Caracas o Segundo Encontro Latinoamericano de Fábricas Recuperadas, na que vocês os trabalhadores de INAF junto ao resto do FRETECO organizais. Que importância tem este evento no contexto de crise internacional do capitalismo que vai golpear especialmente a America Latina?
RL: Pensamos que é uma grande oportunidade, da classe trabalhadora de se pôr a frente da revolução venezuelana e ser um farol para o resto dos trabalhadores Latinoamericanos. A crise mundial do capitalismo impulsiona entre os trabalhadores debates de como buscar a maneira, no meio da revolução, e diante dos fechamentos patronais e ataques a nossos direitos de tomar o controle dos meios de produção e gerenciar o mesmo de uma maneira eficiente como só o podem fazer os trabalhadores e gerar a política para o planejamento da economia nacional e de todo o continente sem capitalistas nem multinacionais que são os promotores da crise que nos golpeia , à que só a classe trabalhadora organizada e lutando pelo socialismo pode dar uma saída. Este será um dos pontos centrais de debate no evento de junho ao que convidamos a todos os trabalhadores Venezuelanos e Latinoamericanos a estar presente.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A luta dos trabalhadores no México

Companheiro trabalhador, companheiro estudante, neste momento se desenvolve uma importante e transcedental greve dos operários de Olympia de México S.A., contra os ataques dos patrões. As diferentes ações de solidariedade que podemos desenvolver em apoio a esta luta, serão de muita importante para auxiliar estes companheiros e impedir que a empresa feche, pisoteando seus direitos. É por isso que te pedimos que assine ( click no link abaixo) e envia por todos os meios a seguinte declaração:
Trabalhadores de Olympia do México AS de CV

Apóie a luta de Olympia de o México SA de CV

No dia 15 de Janeiro, os funcionários em Olympia de México SA de CV em Edomex, México, entraram em greve para protestar contra o fato que a companhia não os tinha pagado bônus aceitados no acordo coletivo.
Enfrentado com a falta do interesse dos chefes na solução das suas justas exigências, os funcionários decidiram agora lutar pela a nacionalização da fábrica sob o controle dos operários. Eles consideram esta medida como o único modo de defender os seus empregos e os sustentos de 400 famílias que dependem deles.
Se os chefes não quiserem dirigir a fábrica, eles devem sair da frente!
Nacionalização de Olympia sob o controle dos operários!

Assine a resolução em apoio aos funcionários e dê publicidade à sua luta!
http://militante.org/node/707


http://www.marxist.com/support-struggle-olympia-mexico-sa-cv.htm

segunda-feira, 20 de abril de 2009

II ENCUENTRO LATINOAMERICANO DE EMPRESAS RECUPERADAS POR TRABAJADORES

II ENCUENTRO LATINOAMERICANO DE
EMPRESAS RECUPERADAS POR TRABAJADORES
25, 26 y 27 de Junio de 2009 - Caracas - Venezuela
En América Latina la resistencia contra la destrucción de la industria y la defensa de los empleos asumió diferentes formas. La critica y sus cuestionamientos forman parte de la discusión del movimiento obrero y fueron objeto del debate del Primer Encuentro Latinoamericano de Empresas Recuperadas realizado en Venezuela el 29 de octubre del 2005. Decíamos “Ellos cierran y criminalizan a los trabajadores, nosotros abrimos las fabricas, ellos roban las tierras y nosotros la tomamos. Ellos hacen guerras y destrozan las naciones, nosotros defendemos la paz y la integración soberana de los pueblos. Ellos dividen y nosotros unimos. Porque nosotros somos la clase trabajadora. Porque somos el presente y el futuro de la humanidad.
Hoy, más aún que en el 2005, la situación de los pueblos de Latinoamérica, nos imprime con más fuerza la necesidad de seguir construyendo y profundizando esa unidad. No es un regalo la coyuntura política actual en nuestro continente. Son años de levantamientos, resistencias, proyectos y de mucho trabajo que pusimos los trabajadores para construir esta oportunidad histórica.
Nuestro movimiento es anti-imperialista, anti-capitalista. Es un grito y un movimiento organizado de la clase trabajadora contra el régimen de propiedad privada de los grandes medios de producción que solamente puede sobrevivir haciendo guerra, explotando y oprimiendo los pueblos.
Sabemos que como siempre en nuestra América hay matices, y muchos gobiernos actuales no son los representantes de nuestros intereses, pero se presenta una coyuntura favorable para construir propuestas, debatir y poner letra en los temas que nos interesan como trabajadores.
Claro que no será fácil. Miremos en Bolivia como reaccionaron las clases dominantes ante la nacionalización de los recursos, ante el ejercicio de la soberanía. En Venezuela, que con su avance revolucionario en la educación, la salud, el territorio no deja de incomodar a quienes siempre vivieron del pueblo y sus recursos. Y entonces siguen produciendo mentiras a través de sus medios, miedo, hambre. Pero a pesar de eso ni el pueblo venezolano ni el boliviano se equivocaron y reafirmaron a Chávez a Evo. Así como a Correa en Ecuador, y, recientemente, en Paraguay con la elección de Lugo por el pueblo paraguayo.
Llamamos a todas las empresas recuperadas por sus trabajadores y a las organizaciones sociales en lucha al “II Encuentro Latinoamericano de Empresas Recuperadas por Trabajadores”, encolumnando las luchas de nuestro sector con el resto de la clase trabajadora y en apoyo a la lucha por el socialismo que vienen realizando el pueblo boliviano y venezolano apoyados por los trabajadores de toda América Latina a sumarse a nuestros esfuerzos e reunimos en 25, 26 y 27 de Junio de 2009, en Caracas, Venezuela.
Viva la lucha de los trabajadores de las empresas recuperadas!
Viva la lucha de la clase trabajadora!
Viva a revolución venezolana!
Viva la revolución boliviana!
Venceremos!
Firman:
Comisión Organizadora del I Encuentro Latinoamericano de Empresas Recuperadas por Trabajadores – Caracas/2005 • (Serge Goulart - Brasil: sergegoulart@marxismo.org.br; Eduardo Murua - Argentina: vascoeduardo@yahoo.com.ar; Liliana Pertuy - Uruguai: lpertuy@yahoo.com.ar)
Frente Revolucionario de Trabajadores de Empresas en Cogestion y Ocupadas (FRETECO) - Venezuela: pacor5876@gmail.com
Central Obrera Boliviana - COB •
Federación Sindical de Trabajadores Mineros de Bolívia - FSTMB: fstmb@hotmail.com
Movimiento Nacional de Empresas Recuperadas - MNER - Argentina: ocuparresistirproducir@yahoo.com.ar
Asociación Nacional de Trabajadores Autogestionados - ANTA\CTA- Argentina: barriosmario_ust@speedy.com.ar
Central Unitaria de Trabalhadores (CUT - Auténtica) - Paraguay: cutautentica@hotmail.com
Coordinación de Empresas Recuperadas por Trabajadores - Paraguay•
Movimento de Fábricas Ocupadas - Brasil: fabricasocupadas@terra.com.br